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A onda conservadora

O neoconservadorismo é uma tendência mundial, sob a qual alguns eleitores direcionam sua decisão de voto e participação política por o orientações individuais e de valores. O fortalecimento e a popularidade dos movimentos e partidos de extrema-direita, que têm como denominador comum o nacionalismo, xenofobia, moralismo e protecionismo, vem impactando na agenda político-eleitoral recente em vários países.

A onda neoconservadora rompe com o modelo tradicional conservador de direita, taxando-o como insuficiente. Tem-se que a insatisfação com o funcionamento da democracia, a desconfiança nos partidos e a baixa avaliação da economia são os principais impulsionadores da guinada à um modelo alternativo de direita.

Nos Estados Unidos apareceu o movimento chamado “alt-right”, a ”direita alternativa”. É um movimento de extrema direita, nacionalista, conservador e defensor da supremacia branca. O movimento ainda é antissemita, islamofóbico, homofóbico, antifeminista e misógino. São isolacionistas, protecionistas, anti multiculturalismo e anti imigração. O movimento, embora conservador, se opõe ao politicamente correto e propõe desafiar e transgredir o status quo ao mesmo tempo que prega a redução das liberdades civis. Eles apoiaram a eleição do Trump em 2016 e foram chaves na campanha vitoriosa.

Embora apenas recentemente a “alt-right” tenha começado a ganhar protagonismo, o termo circula desde 2008. O movimento, ao mesmo tempo que busca com nostalgia um “tempo maravilhoso” em que as coisas “eram mais justas”, se moderniza com o uso de redes sociais para conquistar novos apoiadores por meio do discurso valorativo.

Os alt-right são contra o liberalismo econômico, já que a liberdade de mercado e a globalização “reduziram as oportunidades de emprego dos americanos brancos”, além de pregarem a desconfiança de instituições financeiras, que clamam ser corruptas e apoiarem minorias. Ainda, eles se definem como libertários, embora isso deve ser questionado uma vez que buscam identidade de grupo ao invés de liberdades individuais.

Os movimentos de extrema direita europeus também ganharam notícias: na última eleição para o parlamento alemão, houve pela primeira vez a entrada de um partido de extrema direita desde 1945. O partido, Alternativa para a Alemanha (AfD), tem como bases do discurso políticas anti-imigração, islamofobia, o nacionalismo e discurso antieuropeu.

Eles obtiveram 12,9% dos votos, elegendo 90 representantes entre os 631 membros do parlamento alemão. O partido é novo, tendo surgido apenas em 2013 e com bandeira contra a união monetária européia. No discurso é feita a exaltação aos soldados combatentes na Segunda Guerra Mundial, o que implica, portanto, na defesa do nazismo juntamente ao discurso nacionalista. Os votantes, embora venham de um contexto de crescimento econômico, viram a sociedade torna-se menos homogênea e afirmam que não querem que a Alemanha deixe de ser o que era (um país para alemães). A chegada de 1,3 milhão de refugiados no país desde 2015 foi impulsionador desse resultado nas eleições, opondo-se ao governo de Angela Merkel, que vale dizer, é do partido conservador e de direita.

“É a nossa terra”, diz o cartaz contra os “caos do asilo a refugiados”

Por sua vez, a Nouvelle Droite francesa é mais antiga, sendo uma escola política surgida ainda na década de 60 e de grande influência para os demais movimentos. O partido da Nouvelle Droite se chama “Frente Nacional”, fundado em 1972, e é nacionalista, se opondo ao multiculturalismo, visando uma sociedade mais homogênea. É contra a democracia liberal e ao capitalismo, sendo influenciado por Gramsci, um marxista.

A Nouvelle Droite é contra a União Europeia, a favor do protecionismo econômico, a zero tolerância a criminalidade e contra a migração. Mais recentemente, o partido tem buscado “suavizar” e “desextremizar” as posições políticas do partido, o que tem trazido mais apoios e vitórias eleitorais, conquistando em 2014 a maioria dos assentos no parlamento. No entanto, Marine Le Penn, atual líder do partido, foi derrotada nas eleições de 2017, alcançando 33,9% dos votos, quantidade insuficiente para a vitória. Atualmente, a Frente Nacional é ao mesmo tempo o partido mais popular e o partido mais rejeitado da França.

Proteger a France, defender a França.

Assim como nos exemplos acima, o neoconservadorismo surge na Europa e Estados Unidos como nacionalista, promovendo a defesa do Estado nacional sobre a globalização e globalismo. Existem inclusive autores que os chamam de “perdedores de globalização”, sendo eleitores que sentem suas sociedades “empobrecidas”, seja culturalmente ou economicamente, pelos mercados abertos e a migração.

O neoconservadorismo reforça discursos antigos conservadores de autoritarismo, patriotismo e papel da família, mas traz consigo novos valores: defesa de pena de morte, oposição ao aborto, contra a liberação feminina, defesa nacional, fortalecimento de lei e ordem, anti direito de minorias e xenofobia. Esses partidos também estão ideologicamente mais no extremo do espectro político entre direita e esquerda do que os partidos de direita tradicional. Dessa maneira, o surgimento dessa onda aumenta a polarização entre a direita e esquerda.

Percebe-se, portanto, que a essa tendência não foi inventada no Brasil, mas segue a onda de uma escola política internacional. É uma importação de identidade política. Por aqui,o neoconservadorismo tem como maior expoente Jair Bolsonaro, um político que cumpre seu 6º mandato consecutivo na Câmara dos Deputados e apresenta baixa produtividade na aprovação de emendas e projetos (1 emenda e 2 aprovados em 26 anos). Prévio ao momento atual, o maior protagonismo de Bolsonaro como deputado foi sua atuação na campanha de oposição a um kit didático contra a homofobia.

Já a emenda aprovada, é sobre voto impresso.

Reforçando o personalismo da política brasileira, que elege candidatos e não partidos, Bolsonaro hoje é membro do Partido Progressista (PP), cujo histórico não é oposicionista, tendo sido aliado do governo Lula, Dilma e Temer. O Partido tem em seu manifesto a “construção de uma sociedade livre, democrática, justa, pluralista, solidária e participativa, em que se ressalte o absoluto respeito à dignidade da pessoa humana”, diferente do que Bolsonaro prega na sua atuação política. O PP ainda é um partido extremamente conectado com casos de corrupção, sendo o segundo partido brasileiro com maior número de mandatos cassados desde 200 e, de seus 45 membros do congresso, 21 estão sendo investigados pela Lava Jato, contrariando também o viés moralista e anticorrupção apresentado pelo deputado. Prévia a sua estadia no PP, o deputado Bolsonaro já passou por outros seis partidos (PDC, PP, PPR, PPB, PTB), sendo mais um dos muitos deputados brasileiros sem qualquer fidelidade partidária.

Fazendo breve levantamento de uma possível plataforma de governo de Bolsonaro, tendo como base entrevistas, é possível traçar os seguintes valores/tendências: Populista, nacionalista, zero tolerância com criminalidade, foco em segurança pública, anti corrupção, anti estatuto do desarmamento, anti-imigração, negação da existência de Ditadura durante o regime militar, contra a reforma política, pois “quem tem que mudar é o político”, ainda existe um pretenso liberalismo-econômico, com defesa de redução do tamanho do Estado, favorável aos bancos e entrada de capital externo para financiar o desenvolvimentismo. Ao mesmo tempo, Bolsonaro evita falar sobre sua política econômica enquanto afirma que a solução para o desemprego é ligado à criminalidade,e para combatê-la, defende o fim dos direitos humanos e diminuição do tamanho do estado.

Embora afirme que é contra a importação de ideologias, Bolsonaro segue quase toda a cartilha (salvo anti-globalização e liberalismo político “verbalizados”) das novas direitas para alcançar popularidade: redes sociais, memes, público jovem e pouco escolarizado, focando em desgastes da democracia (segurança e corrupção) como busca de legitimação do seu discurso. Ele adquire inclusive suporte político porque aparece como representante de bases evangélicas, ruralistas e da bala, que são tradicionalmente conservadoras, moralistas e contra o desarmamento. A plataforma política não é nova, mas a comunicação da ideologia política é. E vem importada.

Essa cartilha apresenta a evolução de um deputado com anos de serviço público, que tinha como eleitores originais militares (Forças Armadas e Polícia Militar) e sem brilhantismo na carreira parlamentar, somando 30 pedidos de cassação devido a apologia contra os direitos humanos, usando de sua imunidade como escudo ao desrespeito às leis. Além da pouca aprovação de emendas e projetos, ele diz ser um “opositor” e que “mais importante do que as propostas que aprova, estão as que ele não deixa passar”.

Dois de seus filhos possuem cargos eletivos, repetindo os discursos e posturas do pai, mantendo padrão brasileiro de famílias políticas cuja eleição se dá pelo uso do sobrenome e não pelas plataformas políticas.

Quanto aos ideais antigos, em 1993, recém eleito, bem antes de aderir ao novo conservadorismo, o mesmo chegou a pedir o fechamento do congresso e defender a Ditadura. Afirmou ao jornal NY Times que era tratado como herói nacional onde quer que fosse e flertava com um golpe tal qual Fujimori deu no Peru.

Fujimori, o ídolo passado em questão, foi o primeiro líder democraticamente eleito na América Latina a ter sido condenado a prisão por abuso de direitos humanos. Ele dissolveu o Congresso com o apoio das Forças Armadas, tomou meios de comunicação, perseguiu membros da oposição e promoveu matanças e sequestros via um comando militar paralelo na qual foram mortas 70.000 pessoas. Disse que era necessário para pacificar o país. Mais de 20 anos depois, a criminalidade e corrupção seguem como dos principais problemas peruanos.

Ideologias bastante importadas, embora o nacionalismo queria afirmar o contrário.

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